SONETO DO AMIGO QUE VAI

Se um dia eu morrer, tanto tempo perdido, pouco usado...
Terei me decidido se fui certo ou errado
E não seria confundido fria noite, quarto de vidro
Minha vida em minutos todos passados

Coisa meiga sem translado e que ainda cabe muito no peito
É que por não ter passado o correto dos meus dias
E vivido ao acordado em dor e em dor dormia
Que me jurei, quanto maior for a dor mais feliz me tem feito

Mas que se saiba a dor aguda, coisa da mente amarga e curta
Produto do medo, o amor inverso, sentido em sentimento
Palavra da vida, ferindo e ferida a passagem oculta

Que irei sentir e jurar aos amigos para que não haja sofrimento
Quando de mim lembrar que se tenha risada pura
Porque a mais triste e violenta dor é a do esquecimento

PEQUENOS PENSAMENTOS DE UM SER EM DOIS

Estamos condenados e nem por isso me sinto culpado por te amar assim, por ter tanto amor assim...
Mesmo distante percebo que ainda sim tenho motivos pra ser feliz, mas tudo é verdade e mentira, pobres mentiras diplomáticas de puras intenções.

Estamos condenados a sermos somente um, e nessa faze do amor, em que se é somente um, é que perdemos a metade cada um da vida que nos seria dada em comum.

E esse ser tão uno, indivisivel, parece ser tão incrível que cresce aqui dentro de mim... E de você.

Todas as historias são minhas e de você também, pra que tudo termine bem, sejamos um só, mas porém, tenhamos calma, bem muita calma e amém.