Terei me decidido se fui certo ou errado
E não seria confundido fria noite, quarto de vidro
Minha vida em minutos todos passados
Coisa meiga sem translado e que ainda cabe muito no peito
É que por não ter passado o correto dos meus dias
E vivido ao acordado em dor e em dor dormia
Que me jurei, quanto maior for a dor mais feliz me tem feito
Mas que se saiba a dor aguda, coisa da mente amarga e curta
Produto do medo, o amor inverso, sentido em sentimento
Palavra da vida, ferindo e ferida a passagem oculta
Que irei sentir e jurar aos amigos para que não haja sofrimento
Quando de mim lembrar que se tenha risada pura
Porque a mais triste e violenta dor é a do esquecimento